coliseu em roma
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Coliseu para entendedores

A imagem que quase sempre associamos à Roma é aquela do Coliseu, um dos maiores símbolos da potência do império. Quando foi inaugurado por Tito (filho de Vespasiano), em 80 d.C, ninguém imaginava que séculos mais tarde ele seria um dos monumentos mais rentáveis do mundo.

ingresso do Coliseu

As filas de turistas que, diariamente, arregalam os olhos e procuram fotografá-lo de todos os ângulos é a demonstração que o seu fascínio resistiu ao tempo.

Entrar no Coliseu e sentir-se totalmente envolvido pela sua atmosfera é a melhor maneira de sonhar com ele repleto de romanos e gladiadores, deixando a imaginação correr solta.

coliseu de roma

Livros e publicações sobre o anfiteatro é o que não faltam, mas vou tentar reunir aqui algumas informações fundamentais para quem pretende visitá-lo em breve.

Antes de mais nada, vale a pena lembrar que o nome Coliseu (Colosseo, em italiano) deriva do Colosso de Nero, a gigantesca estátua de bronze erguida nos arredores do monumento, onde antes encontrava-se a famosa Domus Aurea, residência de Nero.

O idealizador da obra foi Vespasiano, soldado que foi nomeado imperador e que fundou a dinastia dos Flavi. Daí o nome de anfiteatro Flavio.

Coliseu

É quase impossível não ficar boquiaberto diante da imponência do Coliseu. O monumento é alto como um edifício de 17 andares e pode conter até 70 mil espectadores.

Se esse número parece insignificante, basta pensar que alguns dos principais estádios de futebol da Europa são menores que o Coliseu.

arena do Coliseu

Inicialmente, o anfiteatro era branquíssimo e recoberto de mármore travertino. Possuía quatro andares e cada um dos três primeiros era decorado com 80 arcos repletos de estátuas.

O Coliseu existe há mais de 2 mil anos (invejável, não?), mas foi construído em menos de uma década. Seu projeto é engenharia pura! Os romanos reproduziram em larga escala os arcos que caracterizavam seus antigos aquedutos – distribuindo o peso da estrutura do Coliseu – e deram ao anfiteatro uma forma elíptica, em vez de redonda, para garantir maior capacidade.

coliseu em roma, Itália

O anfiteatro era coberto por um enorme toldo que protegia os espectadores do sol e o seu nome era Velarium.

Para erguê-lo era necessário recorrer à força de mais de cem marinheiros. Suas escadas e galerias foram projetadas para permitir que o anfiteatro pudesse ser evacuado rapidamente em caso de necessidade e a saída de cada seção numerada era chamada de Vomitorium. Os lugares eram ocupados de acordo com a própria posição social.

Quanto mais baixo, mais importante era o cidadão e a primeira fila era reservada a personagens influentes como magistrados, senadores e sacerdotes.

colosseo

Quem já esteve em Roma sabe que em quase toda a cidade é fácil encontrar fontes de água potável e essa é uma tradição antiga. Imaginem que no Coliseu também existiam bebedouros.

Os espetáculos no anfiteatro seguiam algumas regras. Na parte da manhã, aconteciam as venationes, espetáculos com animais e acrobatas ou cidadãos condenados à morte.

Roma, Coliseu

Em seus subterrâneos existiam elevadores que transportavam até à arena os animais e gladiadores, criando um efeito quase cenográfico. Ao meio dia, os gladiadores desfilavam na arena e depois da luta os cadáveres eram retirados do palco, com macas, por empregados vestidos como Caronte, personagem da mitologia que carregava almas sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte.

Muitas pessoas acreditam que o Coliseu tenha sido o palco da morte de cristãos, mas os estudiosos italianos discordam dessa hipótese e afirmam que não há nenhuma evidência histórica que testemunhe esse fato.

O que existem são relatos do martírio de cristãos em arenas, mas Roma possuía diversos anfiteatros. Apesar disso, em 1749 o Papa Bento XIV declarou o monumento lugar sagrado e até hoje o Coliseu é palco da tradicional Via Crucis presidida pelo Papa na sexta-feira santa. Repare que alguns pilares das arcadas do Coliseu existem placas de mármore que os visitantes podem beijar em troca de indulgências.

imagens do Coliseu

O anfiteatro deixou de ser usado para espetáculos por volta do VI século d.C e os seus arcos foram ocupados por artesãos, eremitas e transformados, inclusive, em cemitérios. Seu mármore foi reaproveitado para a realização de obras como a Basílica de São Pedro e o Campidoglio, mas para a nossa sorte foi restaurado recentemente e é mais fascinante do que nunca.

Para programar a sua visita: O Coliseu fica na Piazza del Colosseo (linha B do metrô, parada Colosseo). Aberto diariamente. Fechado dia 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro. Para fazer um passeio pelo Coliseu, Fórum Romano e Palatino com uma acompanhante em língua portuguesa escreva para postitalyblog@gmail.com 
Ingressos: Você pode comprar seus ingressos antecipadamente aqui na lateral direita do site, com o nosso parceiro Get your Guide. Saiba que o ingresso para o Coliseu também é válido para visitar o Palatino e o Fórum Romano. Sugiro que comece a visita pelo Coliseu porque a área do Palatino e do Fórum exigem mais tempo para serem percorridas. O monumento pode receber simultaneamente 3 mil pessoas, mas considere que Roma recebe muitos turistas o ano todo e que reservar ingressos com antedência é sempre uma boa pedida. 
Para economizar: Vale a pena saber que o ingresso para o Coliseu mais o Palatino e Fórum Romano é gratuito nos dias 9 de maio, 5 e 29 de junho, 23 de setembro, 4 de outubro, 4 e 22 de novembro e 18 de dezembro. Nesse dias as filas para visitar os monumentos são longas. Você também pode comprar o passe de atrações e transportes chamado Roma Pass, que garante a entrada grátis nas duas primeiras atrações visitadas, além de poder usufruir ilimitadamente da rede de transporte público por 3 dias e obter descontos para visitar outras atrações. O preço é de 38,50 euros por pessoa. 

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