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Palmanova. A cidade na forma de estrela e repleta de simbolismos

Friuli-Venezia Giulia, esse desconhecido. Sei bem que quem planeja uma viagem para a Itália sonha com os monumentos dos cartões postais, mas essa região do nordeste da Itália guarda tantas belezas que você deveria pelo menos cogitar seriamente a ideia de chegar até lá.

Palmanova

Além de Trieste, Gorizia, Udine, da cidade romana de Aquilieia, do alpes cársicos e da fronteira com a Eslovênia, a região também possui verdadeiras joias arquitetônicas como Palmanova.

Palmanova

Para você se situar melhor, basta dizer que Veneza encontra-se a menos de 115 km de Palmanova, que fica na província de Udine. Se você precisa de um motivo forte para organizar um bate e volta até à cidade, vale a pena saber que ela é única.

Palmanova

Apesar de pequena e de possuir uma população de menos de cinco mil habitantes, Palmanova se tornou mundialmente conhecida como “a cidade estrelada” e misteriosa.

Palmanova

Sua planta é geometricamente perfeita e tudo foi pensado minuciosamente porque os seus construtores acreditavam que a harmonia geométrica fosse capaz de gerar bem-estar.

Palmanova

Considerada um monumento nacional desde a década de 60, Palmanova foi idealizada na forma de uma estrela concêntrica com nove pontas. Para observar em detalhes a sua arquitetura é preciso admirá-la do alto.

Palmanova

Só assim você poderá notar que é formada por três anéis construídos em etapas. A cidade inteira encontra-se dentro desse perímetro. Ele é cercado por um fosso, com nove baluartes interconectados em forma de setas e projetados para fora da cidade com o objetivo de defender uns aos outros.  

Palmanova

O que impressiona é que todos os detalhes da arquitetura da cidade são baseados no número três ou em seus múltiplos: a estrela possui nove pontas. Em Palmanova se contam três portas de acesso (Aquileia, Udine e Cividale), 18 estradas radiais e seis ruas principais.

Palmanova

A cidade é considerada uma obra-prima da arquitetura militar e foi projetada como uma fortaleza para proteger a integridade territoral veneziana. Em um clima geopolítico tenso com a Áustria e acentuado depois da invasão turco-otomana nas proximidades de Treviso – em 1593 foi decidida a construção da fortaleza.

Palmanova

Acredita-se que inicialmente, a planta de Palmanova seria desenvolvida por ninguém menos que Leonardo da Vinci, mas o gênio toscano teria recusado o convite por causa de outros compromissos. Assim, o ambicioso projeto foi colocado nas mãos de Giulio Savorgnan e Marcantonio Martinengo, que no dia 7 de outubro de 1593 fundaram a cidade. A data não foi escolhida por acaso porque coincide com a vitória da Liga Santa (República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e Estados Pontifícios) na batalha de Lepanto contra o império otomano, em 1571.

Palmanova

O que hoje atrai turistas do mundo inteiro no passado não entusiasmou muito os habitantes da região. Além de soldados, Palmanova tinha sido projetada para receber cerca de 20 mil moradores. O fato curioso é que talvez por medo de um ambiente bélico, poucos aceitavam a ideia de morar lá. Com o declínio da Sereníssima República de Veneza, Palmanova foi ocupada pelos franceses e, em seguida, pelo império austríaco, voltando a pertencer ao Regno d’Italia somente em 1866.

Hoje Palmanova é uma cidade pacata, um lugar onde a maior parte dos encontros acontece em sua praça hexagonal ocupada pelo Duomo, por um museu histórico cívico, um museu militar, lojas e cafeterias.

Palmanova

Ela é chamada Piazza Grande e o lugar é repleto de simbolismos. A praça é totalmente atravessada por um canal de água; um elemento que representa a pureza e a segurança garantidas pela cidade já que está imune aos incêndios e da degeneração do mundo exterior.

Palmanova

Passeando por lá é comum encontrar ciclistas de várias partes do mundo ao lado de aposentados que jogam conversa fora ou de senhoras que vão até à missa.

Se você passar por Palmanova, vale a pena observar que a sua catedral é decorada com um leão, símbolo da República de Veneza, e uma torre, bem mais curta que o Duomo. O motivo é que, em caso de assédio, os inimigos não pudessem avistar a catedral do lado de fora dos muros da cidade. Também vale a pena saber que durante o primeiro final de semana de setembro Palmanova organiza um desfile histórico com mais de 200 personagens que representam o início da guerra contra os austríacos.

Dicas: Chegando lá de carro, antes do ingresso principal para a cidade você encontrará um semáforo intermitente. Isso porque é uma rua de mão dupla. Assim que super-lo será fácil encontrar lugares para estacionar. Vale  a pena saber que também é possível percorrer percursos de trekking ou em mountain bike.  
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