As imperdíveis basílicas papais de Roma
Você já teve a chance de visitar alguma das basílicas papais de Roma?
Em uma primeira viagem à capital italiana e, principalmente, em ocasião de um Ano Santo, uma passagem pela Basílica de São Pedro é um programa irrenunciável.
Você pode não ser cristão, mas para percorrer a história de Roma e compreender o papel fundamental da arte na divulgação dos valores católicos precisa conhecer não só a maior basílica vaticana, mas também as outras três basilicas papais.
San Giovanni in Laterano, Santa Maria Maggiore e San Paolo Fuori le Mura são igrejas monumentais que conservam diversos tesouros artístico culturais. Contemplá-los significa, metaforicamente, consultar uma espécie de bíblia ilustrada.
Afrescos, esculturas, cúpulas, capelas e altares projetados por expoentes da arte italiana traduzem a fé e a história em arte, provocando êxtase e maravilha.
Percorrer as quatro basílicas papais de Roma em um único dia é uma missão para corajosos.
Pessoalmente, sugiro alternar a ida até esses lugares de culto com passeios ao aberto, até para ter tempo de assimilar melhor tantos estímulos e informações.
Nesse post, reúno algumas informações úteis sobre as basílicas e suas principais atrações.
San Giovanni in Laterano
Mais antiga do que a Basílica de São Pedro, San Giovanni in Laterano – catedral da diocese de Roma – foi a residência oficial dos papas até 1309.
Costantino – o primeiro imperador romano a converter-se ao Cristianismo – tornou-se proprietário do edifício que antigamente era chamado de Palazzo dei Laterani e decidiu doar o complexo à igreja. Foi nessa basílica que o ritual de abertura da Porta Santa foi realizado pela primeira vez, em 1423.
Sua estrutura foi reconstruída diversas vezes e o seu interior foi decorado, principalmente, por Borromini, o grande rival de Bernini.
Sua fachada é caracterizada pelas estátuas de Cristo e dos apóstolos e algumas de suas principais atrações são:
- um batistério octagonal com mosaicos do século V
- um afresco de Bonifácio VIII cuja autoria é atribuída a Giotto e que retrata o Papa anunciando o ano sagrado de 1300
- um altar no qual só o Papa pode celebrar missa
- Relíquias de São Pedro e São Paulo
- Claustros construídos por volta de 1220
O complexo de Latrão (Laterano) também é composto pelo Palazzo Pontificio. Seus destaques são a capela particular dos papas, conhecida como Sancta Sanctorum, e pela Scala Santa, as escadas que Jesus teria subido antes de ser julgado e crucificado.
Santa Maria Maggiore
Essa é uma das basílicas mais espetaculares da capital porque mescla diferentes momentos históricos: vestígios paleocristãos, teto típico do período do Renascimento, uma torre medieval e uma fachada barroca.
Pouca gente sabe mas ela também é conhecida como Santa Maria da Neve. Segundo uma crença cristã, a Virgem teria inspirado a sua construção, aparecendo no sonho do Papa Liberio. Em uma manhã de agosto de 356, em pleno verão europeu, uma inesperada nevasca esbranquiçou a zona do bairro Esquilino e o Papa Liberio teria desenhado na neve o perímetro da futura basílica.
Ela é famosa por algumas atrações como:
- uma escada helicoidal projetada por ninguém menos Bernini
- a Cappella Paolina, desenhada em 1611 pelo mesmo arquiteto da Villa Borghese: Flaminio Ponzio
- o túmulo do Papa Sisto V, situados na chamada Cappella Sistina (homônima daquela situada no Vaticano), desenhada por Domenico Fontana
- A relíquia da Natività: fragmentos do berço de Jesus que teriam sido transportados até Roma em 642
- Raros mosaicos dos séculos 5 e 13
- O túmulo do grande artista Gian Lorenzo Bernini
San Paolo Fuori le Mura
A linda basílica de San Paolo Fuori le Mura, dedicada ao apósotolo Paulo, é facilmente reconhecível graças ao seu imponente ingresso formado por cem colunas.
Apesar de ser imensa e de localizar-se em uma área mais periférica da capital, a basílica mantém aquela atmosfera tranquila típica de uma badia.
A igreja atual é uma reconstrução daquela incendiada em 1823, mas algumas de suas partes, como o seu claustro, de 1241, são originais.
Todos os anos, centenas de fiéis visitam a igreja e emocionam-se diante do confessio, o local situado baixo do altar onde acredita-se que São Paulo teria sido enterrado.
O que você não pode perder ao visitá-la:
- Uma fachada com mosaicos do século XIX
- uma abside com mosaicos que representam a figura de Cristo e apóstolos
- um lindo claustro completado em 1214
Basílica di San Pietro
San Pietro foi erguida sobre as fundações de uma antiga basílica do século IV, construída por ordem do imperador Constantino, sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, enterrado em 64 d.C.
O seu interior é repleto de obras de arte de grande valor e a mais famosa é a Pietà, esculpida por Michelangelo.
Outros destaques da basílica são o túmulo de João Paulo II, o altar e o Baldaquino desenhado em 1624 por Bernini e realizado com o bronze que pertencia ao Panteão, a estátua de bronze de São Pedro com o pé consumido pelos beijos dos fiéis e a Cattedra de São Pedro, na qual o apóstolo sentava-se durante seus sermões.
Olhando para o alto, o seu olhar sera capturado pela cúpula de Michelangelo decorada por mosaicos e, observando os nichos ao redor do altar notará as imensas estátuas de santos relacionados à Paixão de Cristo.
Evite filas e reserve aqui o seu ingresso antecipado para visitar a Basílica de São Pedro