plebiscito na Itália
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Cidadãos italianos: como e por que votar no próximo referendo

Se você é um cidadão italiano, mesmo morando no exterior deve ter recebido uma cédula de votação para um referendo. Mas do que se trata?

O próximo dia 17 de abril os italianos voltarão às urnas. Dessa vez, os cidadãos votarão em um plebiscito para decidir o futuro da exploração dos poços de petróleo na costa da península.

A iniciativa apoiada por associações ambientais e pelas assembleias legislativas de nove das 20 regiões da Itália (Vêneto, Calábria, Sardenha, Campânia, Molise, Ligúria, Púglia, Marche e Basilicata) coloca em discussão o prazo estabelecido para que as companhias petrolíferas extraiam gás e petróleo das reservas localizadas a menos de 12 milhas (cerca de 2,2 km) das costas do país.

O tema parece simples, mas envolve questões delicadas como tutela ambiental, incentivo ou não às fontes de energia alternativa e, não menos, importante, as consequências do voto para os níveis de empregos no setor.

A lei atual, em vigor desde janeiro, proíbe que as reservas próximas às costas sejam exploradas até que se estingam naturalmente. O problema é que diversas empresas obtiveram essa concessão no passado, antes que a normativa fosse promulgada.

No total, são 26 concessões para explorar o mar Adriático, Iônio e o canal de Sicília com 79 plataformas marítimas e 463 poços.

A pergunta formulada aos eleitores é longa e complicada mas, em prática, votando sim você opta por bloquear as extrações em proximidade da costa na data prevista por cada contrato. Estima-se que no máximo em dez anos as atividades de extração cessem.

Votando não, as empresas conquistam o direito de continuar extraindo as reservas de fonte energética até que elas esgotem-se naturalmente, provavelmente daqui há três décadas.

Para que o resultado do referendo seja válido é necessário que pelo menos 51% dos cidadãos com direito de voto tenham participado do plebiscito.

Atualmente a Itália produz 10,1% de petróleo e 11,5% do gás que consome. O restante é importado.

Uma das associações ambientalistas que apoiam o sim é Greenpeace, que sublinha o risco de contaminação das águas marítimas por metais pesados como cromo e níquel. Além disso, sustenta que mesmo investindo imediatamente em energias renováveis, a previsão é que em 2050 metade da energia consumida na Itália ainda será proveniente de fontes fosseis.

O voto é facultativo, mas se você pretende participar do referendo deve enviar a própria cédula eleitoral com o seu voto para o consulado competente até às 16 horas do próximo dia 14 de abril, ou seja, exatamente três dias antes da data do plebiscito em território italiano.

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