Como é morar na Itália?
Como é morar na Itália? Quem são e como se comportam os italianos de hoje?
Lendo os últimos dados do recente relatório preparado pelo Istat (Istituto Nazionale di Statistica) é possível obter uma “fotografia” do país.
Algumas informações confirmam estereótipos arraigados na opinião pública, como a grande disparidade entre o norte e o sul, mas o documento também revela peculiaridades italianas em relação a outros países europeus e informações surpreendentes.
A Itália é um dos países mais populosos da União Europeia e o número de habitantes por quilômetro quadrado é de 201,2. Os estrangeiros são cada vez mais numerosos – cerca de 5 milhões – e representam 8,2% dos residentes no país.
A Itália é um país predominantemente “velho”: para cada cem jovens existem 157 idosos e é claro que esses dados incidem no futuro da nação, no mercado de trabalho e no sistema de aposentadoria.
O estereótipo do italiano extremamente ligado à família também está mudando. Segundo as estatísticas de 2015, existem 3,2 casamentos para cada mil habitantes e o número médio de filhos é de 1,37 para cada mulher.
Os italianos casam cada vez menos mas também separam-se menos: 8,6 divórcios para cada 10 mil habitantes.
A Itália também é um país cada vez mais atento à alimentação e saúde. O número de obesos caiu para 10,2% da população e o número de fumantes e de consumidores de álcool também foi reduzido.
Estamos cada vez mais conscientes e nos últimos cinco anos o número de italianos que eliminaram a carne da própria dieta quase dobrou: 7,1% da população é vegetariana e 1% dos italianos é vegano.
De acordo com os dados Istat o país é relativamente seguro: o número de homicídios voluntário sofreu um decremento (0,78 para cada mil habitantes), mas aumentaram os roubos em apartamentos (420,9 para cada 100 mil residentes). O que assusta é a violência doméstica pois o número de casos no qual o assassino é o próprio(a) parceiro (a) ou ex-marido/mulher cresceu 55%.
Do ponto de vista econômico o gap entre as regiões é grande. O PIB per capita de quem mora no sul (16.761,8 euros) é quase metade daquele de quem reside no norte do país.
A cultura é um capítulo importante nas despesas das famílias. Cerca de 50% dos italianos frequenta museus e cinemas e 42% da população leu pelo menos um livro no último ano.
O país ainda é vítima do digital divide e somente 60% dos italianos tem acesso à Internet, enquanto a média na União Europeia e de 75%.
Os jovens são os mais penalizados no país e o número dos chamados Neet (pessoas entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham) é de 25,7%. Já na faixa dos 30 aos 34 anos aumentam os italianos com um diploma universitário: 25,3%.
A Itália não ocupa o vértice dos países mais atentos ao ambiente. Existem 61 automóveis para cada 100 habitantes e somente 45% do lixo é separado corretamente.
No mercado de trabalho, só seis de cada dez italianos entre 20 e 64 anos trabalham e somente a Grécia, Croácia e Espanha apresentam taxas de desemprego maiores que as registradas na Itália.
Credits foto de capa: aquarela de Andrea Mancini: Il quarto stato 2.0 (La terza Repubblica)
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Meu nome é Maria….sempre sonhei conhecer o sul da Itália…era como uma fantasia inatingível.Acabei namorando um Italiano à distância e em 2015 aterrissei em Gênova , terra do dito cujo.Foi um sonho!Esse ano fui em julho e foi mais ou menos….ele está com dificuldades e não curti muito.Amo o país e vou voltar provavelmente em maio.Gostaria de bolar uma viagem bem proveitosa. Bjos
Oi Maria! Vou torce para você pode voltar logo e aproveitar tudo o que a Itália tem de melhor!
Ola , tenho vontade e disponibilidade de ficar 3 meses para curso de Italiano , Roma seria a melhor opção??
Consigo fazer a matricula por conta? É fácil encontrar casa de familia para se hospedar , em vez de hotel??
Grata por esclarecer minhas duvidas
abç
Olá Regina, tudo bem? Roma é uma opção mas não é a única. Existem cidades especializadas em cursos de italiano para estrangeiros, como a Università di Perugia per Stranieri, na região da Umbria.
Você consegue sim fazer matrícula por sua conta, mas precisa solicitar um visto de estudo caso a sua permanência em território nacional supere os 90 dias.
Casas de família não são comuns por aqui. Na capital é mais fácil encontrar um quarto, dividindo o aluguel do apartamento com outros estudantes. A zona universitária costuma ter anúncios do tipo.
Abraços e boa sorte!