Manual de sobrevivência para visitar a Praça São Pedro, no Vaticano
Nesse post decidi reunir algumas dicas genéricas para orientar quem pretende conhecer uma das praças monumentais mais famosas do mundo: Piazza San Pietro. A maneira mais fácil de chegar lá é pegar a linha A do metrô e descer na estação Ottaviano- San Pietro.
A entrada na praça e na Basílica de São Pedro é gratuita mas para visitá-la nas horas de pico você precisará enfrentar longas filas. O ideal é chegar lá bem cedo, antes das 8h, ou no final da tarde, por volta das 17h, pouco antes do horário de fechamento da Basílica.
Vale a pensa saber que, antes de ingressar na praça, você terá que passar por um detector de metais muito similar aqueles utilizados nos aeroportos. Por esse motivo, evite carregar na bolsa ou na mochila objetos que possam causar vistorias.
Preste atenção nas roupas que usará no dia que visitará a praça e a Basílica. Mesmo nos dias mais quentes, evite trajes muito curtos, decotes ousados ou peças que deixem à mostra pernas e braços. Lembre-se que estará entrando em um lugar sagrado e que as regras de decoro devem ser seguidas à risca.
O dia escolhido para conhecer essa parte da cidade eterna também pode fazer a diferença. Nas quartas-feiras, dia reservado para as audiências papais, você não terá acesso à Basílica de São Pedro logo cedo porque a Piazza San Pietro será ocupada por centenas de fiéis que aguardam a chegada do Papa. Ela só será reaberta por volta das 14 horas, depois que a multidão de fiéis deixar a praça.
A Praça São Pedro foi projetada pelo arquiteto Gian Lorenzo Bernini seguindo o estilo clássico e algumas influências do Barroco. Por volta de 1656 o Papa Alessandro VII Chigi encomendou ao artista uma praça digna da imponência da Basílica de São Pedro. Naquele momento, no local já existia o obelisco egípcio trazido à Roma pelo imperador Calígula e deslocado para a praça desde 1586, por ordem de Papa Sisto V.
O artista construiu 142 imensas colunas dóricas de cada lado da Basílica para representar, simbolicamente, o abraço dado pela basílica, mãe do Cristianismo, aos próprios fiéis.
Sobre as 284 colunas foram posicionadas 140 estátuas de mártires, papas, fundadores de ordens religiosas e santos que medem 3,24 metros de altura cada uma.
A praça também é decorada por uma grande fonte realizada em 1490 e conhecida como a “fontana antica” e uma segunda fonte, construída, aproximadamente, em 1667.
Todos os domingos, por volta do meio-dia, fiéis provenientes do mundo todo aguardam a presença do Papa na praça para a celebração Angelus, oração antiga que faz referência à anunciação do anjo Gabriel à Maria, de que ela conceberia o filho de Deus.
Durante o mês de dezembro, muitas crianças costumam levar as estátuas do próprio presépio até a praça para que o Papa possa benzer os personagens.
Olá Anelise,
Primeiramente, parabéns pelo excelente Blog!!! Está me ajudando muito com os preparativos para minha viagem a Itália.
Se possível, gostaria de saber se, em uma visita individual aos Museus do Vaticano, terei acesso ao atalho para a Basílica de São Pedro; em caso positivo, onde fica esse atalho? Se eu pegar o atalho, ainda assim poderei ver a escada em formato de caracol?
Muito Obrigada!
Olá Maria Cristina, obrigada pelo elogio! Eu fiz pessoalmente a visita individual, mais de uma vez, e constatei o seguinte: na teoria, o atalho é reservado exclusivamente a grupos com guia. No entanto, eu pedi para o vigia se poderia usá-lo mesmo estando sozinha e ele não criou objeção. Se trata de um acesso à direita da Capela Sistina (com você de costas para o afresco do Juízo Final) com escadas que te levam para a Basílica de São Pedro. Escolhendo essa opção você saltaria outras seções dos museus vaticanos e a escada projetada por Giuseppe Momo.
Depois me conta como foi a viagem!
Abraços,
Anelise
Olá Anelise,
Muito obrigada pela rápida e eficiente resposta.
Pode deixar, quando eu voltar, “conto tudo”.
Abs.