Largo di Torre Argentina: no palco da morte de Júlio César e do santuário dos gatos em Roma
Se a gente parar para pensar, durante os anos passados na escola, muito daquilo que aprendemos nas aulas de história está ligado à Roma. É bem provável que datas e personagens tenham sido desviados para algum cantinho da nossa memória, mas o nome de Júlio César é familiar para a maioria de nós.
No meio do caos da cidade eterna fica o Largo di Torre Argentina, um lugar movimentado onde encontra-se uma grande livraria, a parada do bonde elétrico número 8, o elegante Teatro Argentina, um ponto de táxi e paradas de ônibus que concentram o vai e vem de turistas e de romanos apressados, sempre de olho no relógio.
No entanto, nem todos param para observar a maior atração do Largo di Torre Argentina, a chamada área sacra, um vasto complexo arqueológico descoberto durante obras realizadas no final da década de 20. Foram encontrados os restos de quatro templos e atrás deles vestígios da chamada Curia di Pompeo, o lugar onde reunia-se o senado romano e, em 44 a.C, palco do assassinato de Júlio César, o último governante da República de Roma, cônsul e, em seguida, ditador perpétuo. Sua morte marca o fim da República e o começo do Império.
Com o seu excesso de poder acumulado, atraiu inimizades e transformou a República em um sistema ditatorial, diminuindo o poder do Senado. Por esse motivo foi vítima de uma conspiração e assassinado com 23 facadas por um grupo de 60 senadores, liderados por Marcus Julius Brutus, seu filho adotivo, e Caio Cássio.
Júlio César tentou se defender, mas sucumbiu ao ataque ao notar que Brutus estava entre os traidores. Foi então que ele teria pronunciado a sua última famosa frase: “Até tu, Brutus, filho meu“. Na Itália esse episódio é conhecido como Idi di marzo. Idi era o nome com o qual eram indicados os dias no meio do calendário romano.
Geralmente, nessa data, o Largo di Torre Argentina se transforma em palco de uma encenação para relembrar esse evento.
Roma é assim, esbanja história. E só uma cidade que pode se conceder o luxo de colecionar tantos monumentos pode permitir que o Largo di Torre Argentina seja também território de uma colônia felina. Muitos turistas já devem ter notado que os gatos estão em vários cartões postais da cidade. Desde 1929, os felinos povoam livremente a área sacra, dormindo tranquilamente sobre ruínas que representam uma página importante da história da capital.
No sítio arqueológico também fica um cartaz indicando que ali existe um Cat Sanctuary. Para quem não sabe, desde 2001 os gatos são parte do patrimônio da cidade e estima-se que mais de 3 mil felinos circulem pela capital.
Como predadores, no passado eles protegiam os moradores da cidade de doenças transmitidas por roedores. Hoje dedicam-se a uma tarefa bem mais leve. Fazem poses para as lentes das máquinas fotográficas de turistas e vigiam tranquilamente a memória de Roma.
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