
Omero: um museu onde tudo pode (e deve) ser tocado
A maior preocupação de quem visita um museu – principalmente se acompanhado por crianças – é aquela de prestar atenção para não tocar as obras expostas.

Fotos: Gentilmente cedidas pelo Museo Tattile Statale Omero
Depois de inesperados atos de vandalismo como aqueles que danificaram seriamente estátuas como a Pietà ou o David, de Michelangelo, muitos museus e espaços expositivos reforçaram a segurança de suas coleções. Obras primas foram protegidas por vidros ou cordões de segurança que afastam o público de suas peças mais valiosas.
O contato direto com uma obra de arte é algo inadmissível nos principais museus do mundo, mas não no Museo Tattile Statale Omero, localizado na cidade de Ancona, na região italiana de Marche. Lá não existem barreiras e todos podem aproximar-se da arte, explorando-a com o próprio tato.
Os autores da ideia de criar um espaço com essas características são Aldo Grassini e Daniela Bottegoni, um casal com deficiência visual que explorou mais de 60 países e que sentia-se excluído de uma parte significativa de cada viagem: aquela de contemplar as obras dos museus que visitavam.
Inicialmente, o museu foi inaugurado com um núcleo de reproduções de obras clássicas, como a Vênus de Milo, e logo o seu acervo atingiu 150 peças, incluindo esculturas originais de arte contemporânea.
A coleção do museu foi organizada seguindo um critério cronológico e possui reproduções realizadas em gesso ou resina de esculturas famosas de arte grega, etrusca, romana, romanica e gótica.
Alguns de seus principais destaques são cópias de obras de gênios como Michelangelo, Gianlorenzo Bernini e Antonio Canova, obras originais de artistas italianos e estrangeiros especializados em arte figurativa e informal e esculturas de expoentes italianos como De Chirico, Pomodoro, Consagra, Martini e Pistoletto.
O museu é aberto ao público, em geral, mas para os visitantes com deficiência visiva existem cartazes explicativos escritos em Braille e escadas rolantes criadas especialmemte para facilitar a exploração do acervo.
Diversas escolas italianas levaram seus alunos até o Museo Tattile Statale Omero para oferecer a eles a chance de viver uma experiência multi sensorial.
Nos últimos três anos, o espaço expositivo recebeu cerca de 25 mil visitantes.
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