União Europeia reabre fronteiras para 15 países. Brasil fica de fora

Depois de superar o momento mais crítico da pandemia provocada pelo coronavírus, no dia 1 de julho a União Europeia reabre parcialmente as suas fronteiras intercontinentais. Depois de muito debate, o vértice diplomático dos 27 países membros da UE aprovou a medida que permitirá o a entrada e circulação de cidadãos de outros 15 países no velho continente.

A lista inclui Argélia, Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Montenegro, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia e Uruguai.

A China também entrará no elenco, caso haja reciprocidade no acordo e o país aceite em seu território cidadãos europeus. Por enquanto, os Estados Unidos da América, o Brasil, a Rússia e a Índia, junto com outros 150 países, foram excluídos do acordo, que não é politicamente vinculante, mas uma recomendação.

O parâmetro principal escolhido para a decisão é uma situação epidemiológica similar aquela registrada em solo europeu nos últimos 14 dias. Na prática, o número de casos positivos por 100 mil habitantes deve ser inferior a 16,1, que é a média europeia. Na Itália, cidadãos provenientes de países da área extra Schengen deverão cumprir quarentena obrigatória de 14 dias.

Além disso, cada país receberá da UE uma espécie de pontuação para o seu sistema sanitário, um índice que oscila entre 1 e 100 atribuído em base aos critérios do Health Regulations da Organização Mundial da Saúde (OMS).  São levados em consideração fatores como número de leitos nos hospitais e UTIs, médicos e enfermeiros e regras de prevenção, entre outros.

Nações onde a pandemia ainda está descontrolada não são consideradas seguras e um fluxo descontrolado de passageiros provenientes de zonas de risco poderia comprometer o controle da pandemia na Europa, continente que graças a testes em massa, rastreamento de contatos e medidas de distanciamento social conseguiu estabilizar a curva de contágios.

Mesmo conscientes do peso não só econômico, mas político de tal decisão, os principais países da União Europeia concordam com a necessidade de conter um eventual novo pico de contágios controlando a circulação de turistas do mundo inteiro. De qualquer maneira, a instituição antecipa que, a cada 14 dias, a lista dos países autorizados a entrarem no velho continente será atualizada.

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