Roma que emociona, Via Giulia
Para mim foi amor à primeira vista e, assim como os outros romanos doc, nunca me canso de passear por ela.
Estou falando da histórica Via Giulia, uma das ruas mais belas e elegantes da capital italiana.
Em época medieval a rua era chamada “magistralis”, mas já em 1478 ela foi reformada e comunemente chamada de “mercatoria” porque unia uma área de grande poder financeiro, a praça do ponte Sant’Angelo, com os mercados de Campo de Fiori e Praça Navona.
No entanto, foi no início do século XVI, mais precisamente em 1508, que o papa Giulio II della Rovere encomendou a Donato Bramante a rua mais comprida de Roma, com pouco menos de 1km de extensão. Daí o seu nome atual.
Ali encontram-se brasões de famílias nobres, igrejas imponentes, prédios culturais, antiquários, ourives, uma das escolas mais famosas da capital (Liceo Virgilio), a sede da comissão italiana anti-máfia e as casas de algumas das famílias mais ricas da cidade eterna. Quando circular por ela, olhe para o alto para admirar as lindas sacadas recobertas de flores.
Digamos que Via Giulia concentra muitas atrações interessantes. O começo da rua é decorado com um arco recoberto por trepadeiras e essa obra foi projetada por ninguém menos que Michelangelo. A idéia do artista era unir o lindissimo Palazzo Farnese, antes residência da família homônima e hoje sede da Embaixada Francesa, aos jardins da Villa Farnesina, do outro lado do rio Tevere (Tibre).
A mesma rua também revela outros segredos para olhares curiosos.
A igreja de S. Maria dell’Orazione e Morte, por exemplo, foi fundada por uma companhia que encarregava-se de recuperar os corpos dos cidadãos não identificados que afogavam-se no rio Tibre ou morriam nos arredores da capital. O objetivo era garantir a eles uma sepultura cristã e é por isso que, ainda hoje, esse lugar de culto è decorado com esqueletos e crânios.
Outra atração é o Palazzo Falconieri, restaurado por volta de 1650 por Francesco Borromini e, mais tarde, moradia temporária da mãe de Napoleão Bonaparte. Desde 1927, o prédio é a sede da Academia Húngara.
A igreja de San Giovanni Battista dei Fiorentini também é imperdível porque reúne, em seu rico patrimônio, obras de Bernini e Borromini, mas não deixe de reservar alguns minutos para admirar a famosa Fontana di Via Giulia, mais conhecida como Fontana del Mascherone (da grande máscara), inaugurada em 1626.
Alguns romanos acreditam que quando a nobre família dos Farnese organizava uma festa, em vez de água a fonte jorrava vinho. Verdade ou não, o que vale é perdere-se entre os encantos de Via Giulia e voltar para casa com mais uma recordação emocionante.
Anelise
Há muito tempo leio e releio os posts do seu blog, nunca havia comentado porque simplesmente não conhecia os locais indicados por você, após muita pesquisa consegui realizar o sonho de viajar pela Europa com minha esposa, e hoje especificamente caminhei na via Giulia, não tem como não se emocionar.
Gostei muito da visão que se tem sentado nos degraus da igreja San Giovanni, na piazza d oro.
Enfim, graças as suas dicas comemos pizza na Zaza e tomamos gelato na della Palma, obrigado!
Amanhã estamos indo embora de Roma, valeu muito a pena.
Que bom! Via Giulia é mesmo amor à primeira vista!
Ficamos muito felizes quando os leitores do Turismo em Roma aproveitam as dicas e curtem a cidade.
O objetivo do blog é esse, compartilhar o nosso patrimonio de informações sobre a cidade com outros amantes de Roma.
Bom retorno e voltem logo!
Abs,
Anelise
Acho seu blog muito útil, ainda não consegui ir a Roma, pretendo ir o próximo ano, mas poderias me informar sobre a Via Apia?
Por favor, de uma olhada nesse post aqui:
http://turismoemroma.com/pedalando_na_appia_antica/