A escola na Itália
O tema da escola na Itália é complexo. Hoje é o primeiro dia de aula para os alunos de todas as escolas de Roma e da região do Lácio.
Para aproveitar o verão, aqui as crianças tem três longos meses de férias entre o início de junho e meados de setembro e, durante esse período, quase todos os pais tornam-se malabaristas; especialistas na arte de conciliar trabalho e vida familiar.
Durante o verão algumas escolas ou associações promovem os chamados centri estivi (centros de verão), organizando atividades lúdicas e esportivas para entreter os pequenos. Quem tem disponibilidade econômica recorre frequentemente a essas estruturas, que cobram uma taxa semanal por seus serviços.
Quem pode conta com a ajuda de amigos ou parentes e há também quem deixa os próprios filhos com os avós que tem a sorte de possuir uma segunda casa em uma cidade de praia ou montanha. Roma é muito quente no verão e suportar as altas temperaturas da cidade nesse período é uma verdadeira prova de resistência.
Além das escolas públicas na Itália também existem as escolas paritarie, ou seja, particulares mas que seguem o mesmo calendário e princípios didáticos do Ministério da Instrução italiano.
Até o primário os livros são distribuídos gratuitamente pelo governo e quem frequenta a escola pública paga uma taxa para os serviços de refeitório proporcional à própria renda familiar.
O governo está implementando um projeto de reformas e, segundo notícia de hoje publicada pelo jornal La Repubblica, o corpo docente das escolas públicas do Lácio ainda precisa recrutar 1700 profissionais.
Um relatório divulgado essa semana pela associação Save the Children estima que quase 25% dos alunos de 15 anos de idade não alcança os níveis mínimos de competência em matemática e que 64% dos alunos não tem acesso a atividades recreativas, esportivas e culturais que enriquecem a formação das crianças.
No entanto, nem tudo está perdido. O país também possui algumas scuole d´eccelenza, estruturas premiadas internacionalmente por sua qualidade didática.
No caso das escolas particulares, o preço oscila muito em base aos bairros, à fama e tradição das instituições de ensino, mas também existem escolas privadas de qualidade duvidosa.
Segundo os resultados das provas Invalsi (algo que poderíamos comparar aos testes do MEC) os alunos das escolas públicas italianas são mais competentes do que aqueles que frequentaram escolas particulares.