Bate-volta de Roma a Estocolmo: a capital da Suécia no inverno
Pessoalmente, visitar Estocolmo, na Suécia, provocou em mim um mix de sensações. Estive nesse capital europeia em dezembro, em pleno inverno escandinavo, na companhia de amigos queridos que moram na cidade.
Se a primeira impressão é aquela que fica, as minhas não poderiam ter sido melhores. Durante a fase de planejamento da viagem contatei a agência de promoção turística do país e recebi todas as informações necessárias para conhecer o melhor da cidade. Não desminto a eficiência nórdica.
De Roma existem voos diretos para o principal aeroporto de Estocolmo (Arlanda) e de lá a melhor opção para chegar em menos de 20 minutos até ao centro da cidade é pegar o trem Arlanda Express.
Conhecer Estocolmo durante o rígido inverno do norte da Europa é uma experiência com pros e contras. O frio é intenso mas suportável se usar roupas adequadas e todos os ambientes fechados são bem aquecidos.
Um dos super poderes da mãe sueca é a capacidade de enfrentar temperaturas polares com absoluta naturalidade. Todas saem empurrando o próprio carrinho de bebê no meio da neve e autorizam sem restrições as crianças a brincarem no parquinho no inverno. Ousadia? Não! Simplesmente instinto de sobrevivência.
Todos sabem que o inverno é longo e seria um desperdício passar vários meses dentro de casa. Não sei se muitas mães italianas adotariam um comportamento similar. Nos parques públicos, já vi várias repetirem frases como “não corra” ou “ você vai suar”.
A vida não para por causa do clima e se o sol raramente aparece os suecos adotam estratégias inteligentes como aquela de não usar cortinas e de iluminar as janelas com velas e candelabros. Claro que as atividades indoor são frequentes. Visitar museus, degustar algo bem quentinho em uma cafeteria ou organizar um jantar entre amigos são hábitos comuns. No entanto, mesmo nos dias mais escuros a cidade é movimentada.
O cenário é mágico se tiver a sorte de encontrar neve. Acredito que todo mundo volta a ser criança quando vê o cair dos primeiros flocos, quando cruza com os edifícios coloridos de Gamla Stan ou encontra as luzes e guloseimas dos típicos mercadinhos de Natal.
Acostumada com o sol romano e com o fascinante céu alaranjado da cidade eterna, confesso que inicialmente fiquei um pouco desorientada com a falta de luz natural. Meu relógio biológico estava confuso. Quando imaginava que a hora do jantar estava se aproximando controlava os ponteiros e me dava contava que ainda não eram três da tarde.
O que notei na cidade é uma grande consciência ambiental, um sistema de segurança incrível, o respeito pelas crianças e pelas diferenças e um sistema de transporte público muito eficiente. Por outro lado, achei o custo de vida alto se comparado aquele de muitas cidades italianas. Se a sua ideia é aquela de passar poucos dias lá, o meu conselho é que planeje bem um possível roteiro. Localizada no mar Báltico, Estocolmo é formada por 14 ilhas ligadas por pontes e conferir todos os monumentos em pouco tempo será difícil. Por esse motivo, reúno nesse post algumas dicas das atrações que visitamos.
Além do centro histórico de Gamla Stan e de suas ruas pitorescas como aquela da Storkyrkan, a igreja mais antiga da capital sueca, dedicamos mais tempo à atividades em lugares fechados.
Viajando com crianças, não deixamos de conhecer o parque Junibacken, localizado na (na ilha de Djurgården). Se trata de um parque inspirado na personagem ruiva e sardenta de Pippi Meialonga. Criada pela escritora Astrid Lindgren, Pippi é uma menina de nove anos, que mora sem pai nem mãe mas diverte-se aprontando aventuras em companhia de um cavalo e de um macaquinho.
Para conhecer em detalhes a cultura sueca, também estivemos no Nordiska Museet, um espaço que reúne informações sobre à moda, aos brinquedos, ao design e ao folklore e à população Sami, de origem lapônica.
Para adultos e crianças, outra atração imperdível é o Vasamuseet, um museu fascinante construído ao redor do Vasa, o navio real projetado em 1628 a pedido do rei guerreiro Gustavo Adolfo II, mas que afundou em sua primeira viagem. Para completer a nossa visão sobre a cultura local, estivemos no Historiska Museet (Narvavägen 13) e prestigiamos o seu vasto acervo dedicado aos vikings.
Nos deslocávamos quase sempre de metrô e vale a pena sublinhar que cada estação é um espetáculo arquitetônico underground. Do ponto de vista gastronômico, provamos sabores raros para o paladar brasileiro – como carne de alce ou rena – no Ardbeg Embassy Stockholm (Vasterlanggatan 68), situado em Gamla Stan) e degustamos doces no Sturelkatten (Riddargatan, 4), uma graciosa cafeteria de estilo vintage.