O prazer de perder-se em Veneza. Descobrindo a Serenissima
Ela já recebeu diversas definições e adjetivos. Um museu a céu aberto ou milagre sobre a água são só alguns deles. De que lugar estamos falando? Daquela que te surpreende pela primeira ou décima vez: Veneza, claro!
Qualquer guia turístico sobre a cidade elenca as suas atrações imperdíveis e possíveis itinerários para explorá-los.
E logo ao sair da estação de Venezia Santa Lucia você terá a sensação que estrangeiros provenientes dos quatro cantos do mundo seguem à risca mesmas indicações, percorrem o mesmo roteiro.
Principalmente nos arredores da Piazza San Marco, o fluxo intenso de turistas impede que a gente tenha um contato mais íntimo e pessoal com a Serenessima.
Se puder, fuja das multidões, mesmo ao custo de sacrificar a sua lista de atrações must-see.
Para quem não tiver pressa nem a necessidade de condensar todas as expectativas sobre Veneza em um rápido city-tour, a cidade tem muito a oferecer. Para isso, você só precisa conceder a si mesmo a chance de perder-se.
Como assim? Eu sei que em Veneza, às vezes nem Google Maps salva. E que é difícil orientar-se entre palavras novas para definir ruas, praças, becos e bairros.
Mas vamos concordar que, como diz um velho provérbio italiano, non tutti i mali vengono per nuocere (algo como: nem todo os males acontecem para te prejudicar).
Aventurar-se pelos labirintos compostos por campi (praças) ou campielli (pracinhas), calli (ruas), sestieri (bairros) é a maneira mais divertida de descobrir o lado cotidiano de Veneza.
Não aquele de uma cidade-museu, que comercializa lembrancinhas idênticas aqueles encontrados em qualquer canto do mundo e oferece refeições que não respeitam as tradições culinárias locais.
Falo da Veneza feita de venezianos. De crianças de que saem da escola e brincam nas praças. De mães acostumadas a empurrar o carrinho de bebê por pontes que sobem e descem. De senhoras que compram o peixe que devem preparar no almoço no mercado de Rialto.
Do operário que restaura fachadas de edifícios históricos. Dos artesãos locais.
Do pintor ou violinista que busca inspiração. De gente que curte o fim de tarde em um bacaro (botequim), degustando “ombra” (vinho) e “cicchetti” (petiscos).
Se esse convite te deixa um pouco perplexo, para ficar mais tranquilo leve contigo um cartão do seu hotel. Na pior das hipóteses poderá pegar uma gôndola ou táxi aquático e pedir ajuda para voltar ou ir até lugares mais conhecidos como a Piazza San Marco!
Nos sestieri di Santa Croce, San Paolo e Dorsoduro, por exemplo, a quantidade de turistas é bem menor e as chances de cruzar com cenas da vida real bem maior. E não é que às vezes a gente pode mimetizar-se entre os locais e, por alguns instantes, acreditar que também somos parte do cenário?
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