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Explorando os arredores de Ponte Milvio em Roma

O chamado Ponte Milvio, localizado na região norte, provavelmente não é uma das pontes mais visitadas da capital, mas os seus arredores representam uma das zonas uma das mais interessantes da cidade.

Cruzando o rio Tibre, a idéia de construí-la foi de Caio Cláudio Nero, por volta de 206 a.C., logo após ele ter derrotado o exército cartaginês na Batalha do Metauro, durante a segunda guerra púnica.

A ponte, incialmente de madeira, é extremamente importante para os romanos porque acredita-se que ali Constantino teria se convertido ao Cristianismo.

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O imperador teria visto uma cruz antes de iniciar a batalha na qual, em 312 d.C, ele derrotou Magêncio, o seu grande rival.

Durante a Idade Média, a ponte foi renovada graças às ofertas recolhidas por um monge chamado Acúcio e, em 1429 o Papa Martinho V contratou o arquiteto Francesco da Genazzano para reformá-la.

Com o passar dos anos, esse monumento foi reformado diversas vezes e, em 1805, foi modificada por Giuseppe Valadier, o mesmo arquiteto que desenhou os relógios da fachada da Basílica de São Pedro e que colaborou com o desenho da Piazza del Popolo. É de sua autoria a torre de estilo neoclássico que decora um dos ingressos de Ponte Milvio.

Ela também foi o cenário de uma importante página da história italiana.

Em 1849, Garibaldi destruiu a ponte na tentativa de evitar que a capital fosse assediada pelos franceses.

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Na década de 50, quando foi encerrada a construção da chamada Ponte Flaminio, de arquitetura tipicamente fascista, o uso de Ponte Milvio começou a ser cada vez mais restrito e, em 1978, foi definitavemente fechada  ao tráfico.

Desse monumento, que antigamente era chamado de “Ponte Mussolini”, você consegue avistar o estádio olímpico de Roma.

Nos anos mais recentes, a ponte também ficou famosa graças ao hábito de jovens apaixonados de prender um cadeado nos poste de iluminação central da ponte e jogar as suas chaves no Tibre. Essa tradição começou logo depois que os personagens de um romance muito popular, do escritor italiano Federico Moccia, fizessem a mesma coisa nas páginas do livro.

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O sucesso foi tanto que após a quebra do poste, causada pelo peso excessivo, a prefeitura da cidade eterna retirou os cadeados, que ade vez em quando ainda são pendurados nas correntes da ponte.

Para os fanáticos por futebol, dali você também consegue avistar o estádio olímpico de Roma.

Além da beleza arquitetônica, todo primeiro e segundo domingo do mês, das 9h até às 20h o Piazzale de Ponte Milvio transforma-se em um mercado de antiguidades chamado “Anticaglie a Ponte Milvio”, com mais de duzentos expositores.

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Se a sua viagem não coincidir com esses domingos, saiba que os arredores da ponte também são uma verdadeira atração e repletos de lugares interessantes.

A área do Piazzale de Ponte Milvio abriga, a paróquia “Gran Madre di Dio” construída por ordem de Papa Pio XI em 1931 e, diariamente, é palco de uma feira. Divirta-se contemplando, sem pressa, as cores e os perfumes entre as barraquinhas de flores, frutas e verduras.

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Para uma perfeita pausa-café, com direito a doces ou pães deliciosos, a minha sugestão é o “Panificio Nazzareno” (Piazzale di Ponte Milvio, 35), que prepara um ótimo espresso e uma vitrine repleta de guloseimas irresistíveis.

Para chegar lá:

Linha A do metrô na direção Battistini. Descer na parada Flaminio e pegar o trem elétrico número 2 até a parada Tiziano – Diciassettesima Olimpiade e caminhar por cerca de 300 metros.

 

 

 

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