Taxa de ingresso na União Europeia e novo sistema de segurança
Viajar para um dos países da área Schengen poderá custar cinco euros de taxa para os estrangeiros originários de países que não fazem parte da União Europeia e que não precisam de visto para entrar no velho continente.
Segundo um press release divulgado pela Comissão Europeia, a entrada e a saída dos países europeus será reforçada graças ao ETIAS (European Travel Information and Authorisation System), um sistema de segurança similar aquele adotado pelos Estados Unidos da América e conhecido como ESTA (Electronic System for Travel Authorization).
O sistema ainda está em fase de experimentação e só deverá entrar em vigor em 2020. Em prática, antes de entrar em território Schengen o turista deverá registra-se on-line e preencher um formulário com seus dados pessoais e informações relativas à viagem. Em seguida, deverá pagar uma taxa (por enquanto estimada em 5 euros) que terá validade de cinco anos. Ao que tudo indica, o custo tarifa será significativamente inferior aquela americana, que pode chegar até sessenta dólares e tem validade de um biênio.
Depois dos atentados na França e Bélgica, a palavra de ordem na Europa é prevenção. O objetivo do novo sistema será controlar preventivamente a idoneidade dos cidadãos com viagem marcada para a Europa e as suas informações serão cruzadas com base de dados nacionais e europeias. Caso seja considerado um potencial risco para a segurança, o cidadão não terá sua entrada autorizada na área Schengen.
Quando o novo sistema entrará em vigor, o pedido de autorização será obrigatório para os cidadãos dos 59 países (inclusive o Brasil) que até agora poderiam entrar na Europa sem a necessidade de visto e para o Reino Unido, que até lá concluirá o processo de saída da União Europeia.
Em 2015, a Europa foi a área mais visitada do mundo, registrando um fluxo de 607,7 milhões de turistas e em 2016 estima-se que esse número crescerá cerca de 4,5%.