Itália depois dos atentados em Paris
O que mudou em Roma depois dos atentados em Paris?
Praças e monumentos circundados por oficiais armados. Estações de metrô temporariamente fechadas devido a falsos alarmes de bomba. Rostos tensos e olhares de desconfiança ao cruzar com pessoas de nacionalidades distintas. Domingos de Praça São Pedro com um número significativamente inferior de fiéis dispostos a superar o próprio medo para ouvir o Angelus de Papa Franciso.
A mídia repleta de especialistas em security intelligence ou em geopolítica. Governo que anuncia uma non-fly zone nos céus da cidade eterna durante o iminente Jubileu da Misericórdia. Cidadãos que sentem a vulnerabilidade europeia diante de uma ameaça sem precedentes. Estudiosos que não encontram mais referencias teóricas para explicar esse período histórico. Um viés sensacionalista que não distingue refugiados de terroristas.
Esses são só alguns dos fatos que caracterizaram os últimos dias em Roma e imagino que as dúvidas daqueles com uma viagem marcada para o velho são muitas.
O medo é ainda maior em locais de grande aglomeração como o Coliseu ou os Museus Vaticanos, mas como vir à cidade eterna e deixar de contemplar a beleza de seus principais monumentos?
O governo anunciou recentemente o número único 112 para casos de emergência na capital e um documento divulgado pelo britânico Nactso (National Counter Terrorism Security Office) fornece alguns conselhos para quem frequenta locais a risco.
O primeiro deles é identificar claramente entradas e saídas do local frequentado e imaginar onde é possível proteger-se em caso de ataque, além de afastar-se de qualquer vidro.
Além disso, é prudente evitar o uso de elevadores, silenciar o próprio celular e, em vez de preocupar-se com os próprios pertences, ajudar outras possíveis vítimas.
Claro que nenhum manual é capaz de tranquilizar os inúmeros turistas que circulam pela Europa ultimamente, mas no site da agência é possível conferir outras dicas sobre como comporta-se em locais de grande aglomeração.