Como usar os transportes públicos em Roma e economizar

Como usar os transportes públicos em Roma? A primeira consideração é que, por sorte, muitas atrações que interessam aos turistas concentram-se no centro histórico e que essa área pode ser facilmente explorada a pé. Digamos que o sistema de transportes da capital italiana não é dos mais eficientes. Além das greves frequentes, vira e mexe o serviço de metrô é interrompido em alguns trechos e os ônibus podem atrasar de uma maneira despudorada.

Os moradores de Roma sabem que dia sim dia não a capital é palco de passeatas, chegada de chefes de estado, shows ou do vai e vem de ônibus de excursão que dificultam o trânsito. Não espere encontrar em Roma um modelo de excelência em transportes. Partindo dessa consideração, nem todo mundo tem pique para enfrentar todo dia vários quilômetros a pé e pode ser que durante a sua permanência em Roma você precise utilizar o transporte público.

Nesse caso, vamos começar pelo metrô (em italiano, la metropolitana). Seria presunçoso afirmar que a capital possui uma rede de metrô. Roma possui só três linhas, ou melhor, duas e meia. A linha A, a B e a C, que ainda não foi totalmente concluída.

Generalizando, a linha A é aquela que mais interessa a maior parte dos turistas porque é ela que você utiliza para chegar até monumentos e lugares como a Fontana di Trevi, a Piazza di Spagna, a Basílica de São Pedro, a Via Veneto e a Basílica de São João de Latrão. Na Linha B ficam, por exemplo, as paradas próximas ao Coliseu, ao bairro Monti, à Eataly Ostiense, o bairro Garbatella ou à Basílica de São Paulo Extra Muros. Ambas as linhas (A e B) se cruzam na parada Termini, aquela da estação ferroviária.

A linha C une os bairros mais periféricos, como o Pigneto, até a estação Lodi. Até agora, quem vem da periferia e precisa usar a linha A deve descer na parada Lodi (linha C) e de lá caminhar por cerca de 800 metros até alcançar a estação San Giovanni in Lateranno (Linha A). Cruzando os dedos, esperamos que até o início de 2018 as linhas A e C estejam completamente conectadas, evitando esse contratempo.

A companhia de transporte público de Roma se chama ATAC e no site da empresa (www.atac.roma.it) você pode verificar o percurso das linhas de ônibus e metrô (no quadro “calcola il percorso”) e verificar como se deslocar de uma parte a outra da cidade. A passagem (em italiano, il biglietto) para utilizar os transportes da capital (metrô, ônibus e tram) custa 1,50 euros e dura 100 minutos. Esse tipo de bilhete e chama BIT (biglietto integrato a tempo) e nesse intervalo de tempo você pode realizar um número ilimitado de corridas nos ônibus ou tram mas somente uma corrida de metrô.

Você pode comprar a passagem nas lojas identificadas com o “T” de tabacchi, em algumas bancas de jornais ou nas próprias estações de metrô (nos guichês ou máquinas automáticas). É importante sublinhar que as passagens devem ser compradas antes de subir no ônibus porque somente alguns deles possuem uma máquina para a compra de biglietti a bordo.

Se você já sabe que utilizará o transporte público com frequência, avalie a hipótese de comprar o bilhete Roma 24h (7 euros), 48h (12,50 euros) ou 72h (18 euros), respectivamente válidos durante 24, 48 ou 72 horas a partir do primeiro utilizo, ou o CIS (24 euros), válido por sete dias. Já o abbonamento mensile (válido por um mês inteiro) custa 35 euros. Menores de até dez anos de idade não pagam a passagem.

Durante a semana, o metrô funciona das 5h30 às 23h30. Já aos sábados e domingos até à 1h30 da manhã. Depois desse horário existem as linhas de ônibus noturnas. Elas são identificadas com paradas com a letra “N”.

Uma opção vantajosa para quem quer turistar pela cidade é o chamado Roma Pass, que pode ser comprado nas versões 48 horas (28 euros) ou 72 horas (38,50 euros). Além da possibilidade de usufruir ilimitadamente da rede de transportes (ônibus, metrô e bonde) e de descontos em outras atrações, o passe consente o ingresso gratuito em um (no caso daquele válido por 48h) ou dois (no caso do pass para 72 horas) museus ou sítios arqueológicos da capital, além de evitar filas.

Considerando o preço dos ingressos de monumentos como o Coliseu + Fórum Romano + Palatino (12 euros + 2 pela venda antecipada), o Castel Sant´Angelo (10 euros), os Museus Capitolinos (15 euros) e a Galleria Borghese (22 euros, com reserva obrigatória) o Roma Pass é um bom negócio para quem pretende visitar os lugares “must see” da capital.

Em relação aos ônibus, em cada parada você encontrará cartazes amarelos que indicam “le fermate” (as paradas) do percurso percorrido por cada linha. Entre pela porta dianteira e não se esqueça de “obliterare” (validar) a sua passagem nas máquinas amarelas. Assim o biglietto terá a indicação do horário no qual ele foi utilizado pela primeira vez. Nem sempre acontece, mas se o controllore verificar que você viaja sem a passagem ou sem validar o seu biglietto você poderá receber uma multa que oscila entre 100 e 500 euros.

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