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Governo italiano convida turistas a reservarem férias na Itália

Reservem férias na Itália. Com essa frase, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, espera superar a “concorrência” e garantir novo impulso a um dos mercados prioritários para a economia tricolor, aquele do turismo.

No encerramento da coletiva de imprensa do último G20 dedicado ao setor, o líder italiano anunciou a criação de um certificado verde nacional, antes mesmo que entre em vigor o Green Pass europeu, previsto para meados de junho.

A decisão segue a estratégia de reabertura gradual de várias atividades comerciais. Atualmente, de acordo com o risco epidemiológico, a Itália, que é composta por 20 regiões, é dividida em faixas de cores. Na maioria delas, amarelas, bares e restaurantes voltaram a funcionar, mas servindo unicamente clientes nos espaços ao ar livre. Museus, cinemas e teatro também reabriram suas portas.

Até a metade do mês de maio, o governo pretende publicar regras claras e simples para facilitar o deslocamento de turistas estrangeiros até a Itália.

Ao que tudo indica, os viajantes deverão respeitar as mesmas normas impostas aos italianos que deslocam-se entre uma região e outra do país: apresentar um certificado comprovando a vacinação com duas doses de uma das vacinas autorizadas pela EMA (European Medicines Agency), um certificado médico comprovando a cura depois da Covid-19 ou, em alternativa, um teste negativo efetuado nas últimas 48 horas. Inicialmente, os documentos poderão ser de papel, até que a plataforma digital europeia que administrará os dados do green pass esteja completamente ativa.

Com o certificado verde italiano, mudarão as regras para quem entra no país. Indiscrições indicam que cidadãos provenientes de países membros da União Europeia, dos Estados Unidos e Israel, onde as campanhas de vacinação seguem em ritmo acelerado, não deverão mais cumprir quarentena obrigatória de 14 dias.

Por enquanto, continua sendo proibido o ingresso na Itália de pessoas provenientes da Índia, Bangladesh, Sri Lanka e Brasil, com exceção de cidadãos que já residiam na Itália antes de 13 de fevereiro de 2021. Mesmo assim, é obrigatório o teste negativo antes da partida, quarentena de 10 dias e novo teste negativo depois de cumprir o período de isolamento. As regras valem até 15 de maio, data na qual o Ministro da Saúde, Roberto Speranza, poderá renová-las ou não.

Fica a dúvida sobre a possível circulação de estrangeiros vacinados com a vacina Coronavac, até agora não autorizada, mas em fase de revisão pela agência europeia.

Se os casos de contágio na Itália continuarem sob controle, também é provável que o governo anule o toque de recolher, até agora imposto às 22 horas. Até agora, o país tem vacinado cerca de meio milhão de pessoas por dia. 

Antes da pandemia, o setor do turismo representava cerca de 13% do PIB italiano e, segundo os dados divulgados pelo governo, o país registrou – 26 milhões de euros de útil derivado do mercado turístico.

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