Termas de Diocleciano: o complexo que abriga um museu e o claustro de Michelangelo
Erroneamente, os arredores da estação ferroviária de Termini em Roma costumam ser evitados pelos turistas.
Essa área, o bairro Esquilino, costuma ser associada ao degrado e à insegurança e descartada imediatamente por quem pretende explorar a capital.
No entanto, a poucos metros de Termini também existem atrações imperdíveis. Uma delas são as Termas de Diocleciano.
Voltando no tempo, vale a pena lembrar que Diocleciano, nascido em 244 d.C, era originário de uma família humilde e para ter chances de mobilidade social dedicou-se à carreira militar.
Chegou a ser guarda pessoal do imperador Marco Aurelio Caro e, após sua morte, em 284 foi aclamado como imperador pelas legiões romanas. Ele foi um dos imperadores romanos mais autoritários e proclamou medidas persecutórias contra os cristãos que praticavam sua religião no território romano.
Os cristãos não tinham vida fácil não porque veneravam um próprio Deus, mas porque não reconheciam a divindade do imperador. Ironia do destino, hoje a área onde encontram-se as termas com o nome de Diocleciano é uma das mais multiétnicas e tolerantes da cidade.
As Termas de Diocleciano são uma das quatro sedes do chamado Museo Nazionale Romano e representam o maior complexo termal da Roma Antiga.
As termas foram construídas entre 298 e 306 d.C e, como outras obras arquitetônicas romanas, eram geniais.
Para começar, possuíam tanques com água de diferentes temperaturas: quente (calidarium), morna (tepidarium) e fria (frigidarium). O complexo também incluía uma piscina ao aberto (natatio) e salas usadas como lugares de agregação.
Calcula-se que as Termas de Diocleciano eram capazes de receber até 3 mil pessoas.
Em 1561, o papa Pio IV decidiu transformar uma parte do complexo em uma basílica com um convento. Para realizar o projeto, o pontífice convocou ninguém menos que Michelangelo.
Foi assim que nasceu a famosa basílica de Santa Maria degli Angeli, um dos monumentos mais fotografados da Piazza della Repubblica em Roma.
No final de 1800 o complexo termal transformou-se na sede do Museo Nazionale Romano e passou a abrigar uma vasta coleção de estátuas romanas e inscrições. Um de seus ambientes mais interessantes é o claustro projetado por Michelangelo, onde são expostas mais de 400 esculturas romanas, inclusive sarcófagos.
Informações úteis:
Termas de Diocleciano: Via Enrico de Nicola 76. Abertas de terça a domingo das 9h às 19h30.
Para chegar lá: Linha A do metrô (parada Repubblica/Teatro dell´Opera) ou Linha B do metrô (Termini).
Ingressos: 10 euros (13 eruos em ocasiões como mostras). Grátis nos primeiros domingos do mês.
Onde comer ali por perto: Mercato Centrale ou Eataly Piazza della Repubblica
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