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Para prevenir assaltos, Nápoles propõe aos turistas uso de relógios de plástico

Uma boa ou uma péssima ideia? Vocês devem ter ouvido falar que, recentemente, o ator Daniel Auteil – protagonista de filmes como “A outra mulher” e “O Destino de Haffman” – foi roubado em Nápoles.

Ele estava na cidade para participar do Campania Teatro Festival e usava no pulso um relógio Patek Philippe estimado em 39 mil euros.

Enquanto estava em um táxi, dois homens a bordo de um scooter aproximaram-se do veículo e o obrigaram a entregar a eles o objeto de valor.

O ator denunciou o furto à polícia e para desculpar-se com o ator, a prefeitura da cidade o presenteou com outro relógio de valor simbólico, um Swatch modelo Nápoles. Ele foi entrega pela assessora ao turismo de Nápoles, Teresa Amato, que sublinhou que não se tratava de um gesto de compensação, mas uma cortesia.

Claro que a notícia se espalhou, criando um dano de imagem para a cidade, e estimulando as agências de viagem e turismo locais, junto com a prefeitura e a Regione Campania, a pensar em uma proposta para tutelar os bens dos turistas que visitam Nápoles.

Para contrastar o fenômeno do roubo de Rolex ou outros relógios de luxo, a ideia é oferecer aos turistas um relógio de  , distribuído diretamente nos hotéis da cidade.

Os clientes seriam convidados a deixar no cofre dos hotéis joias e outros objetos de valor e a usar um relógio simbólico, provavelmente de plástico e decorado com os monumentos mais famosos da cidade, como o Maschio Angioino e Castel dell’Ovo.

Essa mesma proposta já tinha sido elaborada anos atras e agora considerada novamente valida para promover o turismo em Nápoles.

É verdade que a cidade é vítima de estereótipos envolvendo a criminalidade e que circular em Nápoles exige o mesmo nível de cautela que aquele adotado em qualquer outra grande metrópole. Segundo um recente relatório do jornal Il sole 24Ore sobre as cidades com maior número de crimes denunciados a cada 100 mil habitantes em 2021, Milão, Florença e Rimini ocupam as três primeiras posições, enquanto Nápoles fica na decima oitava posição.

Eu já estive na cidade diversas vezes e andei, inclusive, por bairros populares como o Rione Sanità. Só não tenho certeza se essa iniciativa de divulgação é mesmo a melhor estratégia para valorizar as belezas e a hospitalidade de Nápoles. E você? O que acha?

Quer saber mais sobre a cidade? Assista o meu vídeo sobre Nápoles no meu canal no YouTube.

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