Piazza del Popolo: arte e cultura sem gastar um euro
Hoje ela é capaz de abrigar pacificamente todas as tribos: romanos, turistas, artistas de rua, fiéis, protestos populares e senhoras elegantes que não renunciam à uma parada no prestigioso Bar Rosati.
Ali, por exemplo, assisti um show de Caetano Veloso e do Afro Reggae e também participei de uma manifestação a favor da liberdade de imprensa durante o ex- governo Berlusconi.
Estamos falando da Piazza del Popolo, antigo palco de competições, penas capitais e de eventos como a “Corsa dei Berberi”, uma corrida de cavalos organizada durante o Carnaval, em Roma, a partir de 1466.
Quem assistiu o filme Anjos e Demônios, inspirado no romance de Dan Brown, provavelmente sabe que algumas cenas foram gravadas nela.
Uma das vantagens de morar em Roma é a chance de contemplar diversas obras de arte, de graça, e a Piazza del Popolo é repleta delas.
A principal entrada para a praça é a chamada “Porta del Popolo”, no passado conhecida como “Porta Flaminia”.
Se você observá-la atenciosamente, notará a escrita “Felici faustoque ingressui MDCLV” (“Para um ingresso feliz e fausto“), que Lorenzo Bernini incidiu em homenagem à chegada da rainha Cristina da Suécia a Roma.
A praça é repleta de atrações e a principal delas é Santa Maria del Popolo, uma das primeiras igrejas renascentistas da capital e dotada de um dos patrimômios artísticos mais ricos da cidade.
Erguida sobre o túmulo da família Domizi Enobarbi – aquela do polêmico imperador Nero – a igreja possui obras de valor inestimável como as capelas decoradas com os afrescos realizados por Pinturicchio, em 1484.
A lista de gênios que colaboraram com a decoração de Santa Maria del Popolo é bem mais comprida do que você imagina.
Bramante desenhou sua nova abside, Rafael criou a Capela Chigi, mais tarde completada por Bernini. E como se não bastasse, a Capela Cerasi, à esquerda do altar, abriga duas obras realistas e dramáticas pintadas em 1601 por ninguém menos que Caravaggio: a Conversão de São Paulo e a Crucificação de São Pedro.
A Piazza del Popolo também abriga as igrejas gêmeas de Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli, construidas por ordem de Papa Alessandro VII, e um convento agostiniano que teria hospedado o sacerdote Martinho Lutero durante a sua passsagem pela capital italiana.
O Obelisco, outra atração da praça, foi trazido do Egito para Roma pelo imperador Augusto e, incialmente, a idéia era utilizá-lo para decorar o Circo Máximo.
O monumento, que é um dos mais altos e antigos da capital, só foi deslocado para a Piazza del Popolo em 1589, por odem do Papa Sisto V.
As duas fontes da praça (aquela de Netuno e da Deusa de Roma) e as estátuas dos leões de mármore que as circundam só foram colocadas lá bem mais tarde, em 1823 pelo arquiteto Giuseppe Valadier, o mesmo que deu à praça a sua atual forma elíptica.
Depois de contemplar tanta beleza, elaxe sentando nos degraus da fonte que circunda o obelisco e acabe o seu passeio admirando as vitrines de duas das ruas mais famosas para compras na capital: Via del Babbuino e Via del Corso.
5 dias…nao deu pra ver tudo que queria 🙁