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Curiosidades sobre sobrenomes italianos

Se você tem um sobrenome italiano, provavelmente já teve a curiosidade de saber mais sobre suas origens. Imagine que com a proclamação do Reino da Itália, em 1861, e já a partir do final do século 19, cerca de 30 milhões de italianos emigraram em busca de novas oportunidades.

No Brasil, é muito comum encontrar cidadãos que se orgulham de seu sobrenome italiano, e não é raro que muitos deles tenham sido “readaptados” com uma letra a mais ou a menos, ou “aportuguesado”.

É complicado tratar em um único artigo a grande diversidade de sobrenomes italianos. Só para você ter uma ideia, existem mais de 350 mil. O que posso tentar esclarecer aqui é quais são aqueles mais frequentes nas 20 regiões da Itália.

Assim como “Silva ou da Silva” é um dos sobrenomes mais frequentes no Brasil, na Itália um o mais recorrente é Rossi. Estima-se que 45 mil famílias têm esse sobrenome. Outros sobrenomes frequentes são Russo, Ferrari, Esposito, Bianchi, Romano e Colombo, mais comum na Lombardia, seguido por Ricci, Marino e Greco. Quem lembra, por exemplo, da personagem Elena Greco, em “A amiga Genial”, de Elena Ferrante?

Também vale a pena saber que alguns sobrenomes italianos eram comumente atribuídos aos órfãos. É o caso, por exemplo, de “Innocenti”, (nome do orfanato Istituto degli Innocenti, de Florença) ou “Esposito”, típico na região da Campânia, devido a Sacra Ruota degli Espositi da Basilica dell’Annunizata Maggiore, em Nápoles.

Entre os séculos XII e XVI, na Europa era tradição utilizar a cidade de origem, o status social ou o nome dos pais para distinguir um cidadão no interior de uma comunidade. Pense, por exemplo, em Leonardo da Vinci (de Vinci, na Toscana) ou ao Caravaggio, Michelangelo Merisi de Caravaggio, cidade da província de Bergamo, na Lombardia.

Sobrenomes como Barbieri ou Fabbri faziam uma alusão a profissões como aquela de barbeiro ou ferreiro.

Com o tempo, os sobrenomes se tornaram hereditários e, com o Concílio de Trento, as paróquias italianas são obrigadas a inserirem os sobrenomes nos registros de batizados.

Esse passo foi fundamental na documentação que, até hoje, é útil para quem realiza uma pesquisa genealógica. Em seguida, uma lista dos sobrenomes mais comuns de norte a sul, nas 20 regiões da Itália. Algum coincide com o seu?

Valle d’Aosta:  Favre, Cerise, Bionaz, Vuillermoz e Blanc.

Piemonte: Ferrero, como o famoso produtor de creme de avelãs, Gallo, Bruno, Rossi e Rosso.

Lombardia: Colombo, Ferrari, Bianchi, Cattaneo, Brambilla.

In Trentino-Alto Adige: Ferrari, Pichler, Kofler, Tomasi e Moser.

Veneto: Rossi, Trevisan, Sartori, Pavan, Boscolo, Vianello e Scarpa.

Friuli Venezia Giulia: Furlan, Rossi, Visintin, Trevisan e Fabris.

Liguria: Parodi, Rossi, Ferrari, Pastorino e Bruzzone.

Emilia Romagna: Ferrari, Rossi, Fabbri, Montanari, Barbieri.

Toscana: Rossi, Innocenti, Bianchi, Gori, Ricci.

Marche: Rossi, Mancini (como o técnico da Azzurra), Marinelli, Vitali, Ricci.

Abruzzo: D’Angelo, Di Marco, Mancini, Rossi e Di Pietro.

Molise: Mancini, Testa, Rossi, Lombardi e Ricci.

Umbria: Rossi, Proietti, Ricci, Fiorucci e Moretti.

Lazio: Mancini, De Angelis, De Santis, Proietti.

Campania: Esposito, Russo, Romano, Coppola e De Rosa.

Puglia: Greco, Russo, Rizzo, Santoro, Lorusso.

Basilicata: Grieco, Pace, Russo, Colangelo, Telesca.

Calabria: Russo, Romeo, Greco, Perri, Ferraro.

Sicilia: Russo, Lombardo, Caruso, Marino, Gambino.

Sardegna: Sanna, Piras, Pinna, Mellis e Serra.

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