
Compras entre as boutiques e a moda VIP de Capri e Costa Amalfitana
Existem lugares na Itália que nunca deixam de te surpreender e, sem dúvidas, a Costa Amalfitana é um deles.
Pode ser que você já tenha visitado esse pedaço de paraíso duas, três ou dez vezes, mas ao colocar os pés nessa terra você sempre se emocionará. Ali, onde “il mare luccica e tira forte il vento” e cúpulas recobertas de azulejos tocam o céu.
Onde o cheiro de maresia confunde-se com aquele de anchovas fritas e de limoeiros. Onde cada estrangeiro tem fome de ver mas ainda mais de ser visto. Onde sempre haverá um beco florido a ser explorado. Onde jardins parecem ter roubado todas as tonalidades de uma caixa de lápis de cor. Onde os paparazzi encontram o próprio ganha pão.
A Costa Amalfitana já nasceu exibicionista, no bom sentido. Não há como não ficar boquiaberto diante de sua beleza e de sua atmosfera esnobe. O mesmo acontece em Capri, outra meta sonhada por turistas do mundo inteiro. Quem não se lembra de fotos de celebridades como Brigitte Bardot e Jackie Kennedy em destinos como Capri, Positano e Sorrento?
Entre as décadas de 50 de 60 a Costa Amalfitana “importou” o biquíni da França. Desde então, de simples vilarejos de pescadores essa área do sul da Itália tornou-se símbolo de “dolce vita”, de “savoir vivre” e também de estilo. Você já deve ter ouvido falar da “moda Positano”.
Quem chega na cidade é seduzido pelas suas casas de cor ocre, pela sua natureza exuberante e pela sua atmosfera de perene veraneio. Assim que você desembarca em Positano e em sua Spiaggia Grande nota que informal não significa desleixado.
Intuindo o fascínio que Positano exercitava sobre os turistas, costureiras da cidade reinventaram a tradição local das chamadas “pezze”, ou seja, retalhos de tecido a base de cânhamo e algodão tingidos em casa com cores vibrantes. Com esses materiais, as artesãs começaram a realizar vestidos largos e confortáveis, saias decoradas com bordados, camisas compridas usadas sobre o maiô e biquínis de crochê.
A moda resistiu ao tempo e ainda hoje, principalmente entre a Via dei Mulini a Viale Pasitea, as vitrines de inúmeras boutiques exibem o estilo Positano. Alguns exemplos? O hippie-chic da Antica Sartoria, o estilo clássico e os excelentes tecidos de linho da Bottega Brunella, a originalidade de Pepito (cujo verdadeiro nome era Salvatore Esposito e cujas criações eram adoradas por Liz Taylor), ou Maria Lampo, a costureira que recebeu Dustin Hoffman em seu ateliê e que soube exportar a moda Positano no mundo.
A palavra “lampo” em italiano significa relâmpago e também serve para indicar a rapidez. Logo depois do fim da segunda guerra, o casal Maria e Alfonso inauguraram no centro de Positano uma pequena loja com o cartaz “fazemos calças sob medida”. Quando os clientes entravam e perguntavam o tempo médio de espera para uma calça nova, Maria respondia algo do tipo “vá nadar um pouco e na volta estarão prontos!”. A partir de então Maria (que não está mais entre nós) começou a ser chamada de “Lampo”, o atual nome da loja.
Para mimetizar-se entre moradores e turistas, opte pelas listras, camisas de renda macramé ou com estampas de flores, bolsas de palha, saias com detalhes de passamaneria, vestidos que replicam os desenhos das cerâmicas da Costa Amalfitana. Já em Capri, lojas imperdíveis para são a Fiore Capri para bolsas e chapéus, a La Parisienne para túnicas e a Carthusia para perfumes e fragrâncias inspiradas nos aromas locais.
Outro símbolo da moda local e de Capri são as sandálias “rasteirinhas” de couro, feitas a mão e sob medida. Se no passado as sandálias eram sinônimo de sobriedade – basta pensar nos frades franciscanos – os artesãos locais as transformaram em um must depois que Jackie Kennedy exibiu-as em sua viagem pela Itália.
Obviamente, as subidas e descidas de cidades como Positano e Capri são incompatíveis com sapatos de salto mas isso não quer dizer que você deve renunciar à classe. Os artesãos italianos realizam criações enriquecidas com conchinhas, corais, pedras e até cristais Swarovski. Em Capri, um dos nomes mais conhecidos é aquele de Amedeo Canfora, loja e laboratório que desde 1946 realiza sandálias artesanais, dos modelos mais simples até os mais sofisticados.
Em Positano, passando diante da loja Nanà você poderá assistir a criação de uma sandália de couro artesanal em todas as suas etapas. Outros endereços imperdíveis na cidade são La Botteguccia e l’Antica Positano, de Carmine Todisco, o lugar escolhido por Jackie Kennedy para comprar suas sandálias. Os preços, obviamente, oscilam de acordo com o material escolhido, mas na mala você levará um souvenir que, nos dias de saudade incontrolável, você pode coloca-los no pés, fechar os olhos, e imaginar uma caminhada pela Spiaggia Grande em Positano.
Endereços:
Antica Sartoria: Via del Brigantino 13 – Spiaggia Grande – Positano
La Bottega di Brunella: Via Pasitea 72 – Positano
Pepito: Via Pasitea, 39 – Positano
Maria Lampo: via Pasitea 12-16 – Positano
Nanà: Via pasitea, 64 – Positano
La Bottegguccia di Giovanni: Via Regina Giovanna, 19 – Positano
L´Antica Positano di Carmine Todisco:via del Saracino – Positano
Canfora: Via Camerelle, 3 – Capri.
Fiore Capri: Via Vittorio Emanuele, 4 – Capri
La Parisienne: Piazza Umberto I, 7 – Capri
Carthusia perfumes: Via Camerelle, 10 – Capri
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